31 outubro, 2007

Mapa Cor-de-rosa - capítulo segundo



Aparece hoje noticiado no Jornal Sol que o Embaixador Português em Londres foi insultado por um colunista inglês, na sequência de uma entrevista dada ao jornal, também inglês, "The Times".


Moral da Estória: "Nunca discutas com um idiota; ele arrasta-te para o seu nível e depois ganha-te em experiência"


António Santana Carlos nunca deveria ter dado a entrevista (ainda por cima em Inglaterra!!). O caso Madeleine, pela sua gravidade e mediatização, recomenda contenção e moderação nas palavras proferidas. Como isso não aconteceu, logo surgiram os habituais insultos dos tablóides Ingleses. ("Quem anda à chuva...")


Acontece que independentemente do que se possa dizer acerca da actuação da polícia portuguesa, que na minha opinião não foi a mais inteligente, há que atribuir ao casal McCann as suas verdadeiras responsabilidades. Se bem se recordam, tudo começou porque os pais da criança desaparecida abandonaram os seus três filhos em casa, sem que nunca se tivessem preocupado com a dos menores. Apesar de Portugal ser um país de brandos costumes e de a hipótese de rapto ser remota, as três crianças poderiam ter sofrido um qualquer acidente doméstico (muito frequente em situações análogas). Tal cenário nunca foi sequer representado pelos McCann.

Afastada que está a hipótese de ter existido dolo no desaparecimento (pelo menos para já). Estamos perante uma negligência grosseira de dois pais que resolveram abandonar os seus filhos sozinhos em casa, enquanto jantavam calmamente num restaurante das imediações do Hotel. É por isso que entendo que os pais de Madeleine devem ser punidos pela sua conduta negligente que não tendo sido responsável pelo desaparecimento da criança, pelo menos, a não ter existido, evitaria o desaparecimento misterioso da criança.

Recordo que situações de acidentes domésticos com crianças abandonadas em casa, já aconteceram em Portugal e que das mesmas resultou uma condenação para os pais das vítimas.


Não percamos as cenas dos próximos capítulos...

4 comentários:

VICI disse...

Também já escrevi sobre isto. Não concordo com a tua posição sobre a punição do casal, mas podemos discutir isso ao jantar... ;)

P.S.: E vê lá se postas alguma coisa no outro estaminé...

Anónimo disse...

Em Portugal (e ainda bem) os pais não deixam os filhos nem sequer para irem ao fim da avenida....D.Afonso Henriques...

Para além disso uma familia inglesa, é sempre uma família das terras de sua majestade, logo o tratamento (politico) judicial e policial tem outros contornos....

Se fosse uma familia portuguesa, concerteza, o caso ja estaria identificado, em todos os seus meandros....

Anónimo disse...

Claro que o caso já estaria resolvido se fosse um casal português....ora lembrem-se lá do caso da miúda do Algarve...

Anónimo disse...

Ontem, mais uma vez, as televisões apareceram em horário nobre, a fazerem-nos lembrar, que a telenovela da familia inglesa de dimensão politica, é a "anatomia de um mistério", e alimentada pelos próprios orgãos de comunicação.

Estes orgãos de comunicação, concluem que as notícias são contraditórias e as questões do primeiro mês, manteem-se ao fim de seis meses:
- a miúda morreu ou foi raptada?...em que ficamos?
-qual a importância do ADN?(sangue, baba ou fragmentos)

Os pais de vitimas passaram a arguidos, da dor passaram ás farpas... ergueram um movimento gigantesco, com assessores, figuras mundiais e uma conta que é um verdadeiro tesouro de Alibaba.

Importa saber o que aconteceu e, as teorias só são construídas depois de saber o que aconteceu....