13 outubro, 2010

Coisas da Bola

Eduardo.Gabei-lhe a participação no Mundial. Para mim foi um dos poucos que dignificou a camisola que envergou. Nos tempos que correm tem cometido erros a mais. Sofreu, e pela terceira vez, um golo que não deveria ter acontecido. Se calhar não lhe fazia mal ficar o próximo jogo da selecção no banco para recuperar a concentração perdida.




Miguel Guedes. Quando era adolescente apreciava a música que fazia nos Blind Zero. No Trio-de-ataque, acho que começou mal. Deu explicações a mais e parece não esquecer uma espécie de complexo de inferioridade que se apodera muitas vezes do adepto do FCP. Falou em “necessidade de atacar” e uma vez mais deixou no ar que o FCP é perseguido pelos mais variados agentes desportivos. A mim não me agrada este discurso. Parece-me, simplesmente, que o FCP é melhor e tem-no sido desde que me lembro de ver futebol. Os títulos conquistados em Portugal e no estrangeiro são a prova insofismável dessa supremacia. Não adianta divergir e inventar cenários de perseguição e de caça às bruxas, isso apenas nos coloca no mesmo patamar dos adversários que tentam não admitir que somos melhores.

08 outubro, 2010

Achei que devia partilhar convosco!!!!!

Crise: Deputado esfomeado reivindica jantar na cantina da AR

O deputado do PS Ricardo Gonçalves gostava de ter a cantina da AR aberta ao jantar. Isto porque 3700€/mês que aufere "não dão para tudo". Fiquei com um "aperto no coração" ao ler isto.

Tiago Mesquita (www.expresso.pt)
9:00 Terça feira, 5 de Outubro de 2010

Pensava que nada me podia surpreender na política, mas eis que um deputado me acorda para a triste realidade: Portugal. O absurdo é o limite. O horizonte da estupidez ganha novos desígnios e contornos todo o santo dia. Ao deputado Ricardo Rodrigues dos gravadores junta-se agora o deputado Ricardo Gonçalves das refeições.

Se o primeiro meteu gravadores no bolso. Este afirma que o que lhe põem no bolso não chega para tudo, mesmo que seja um valor a rondar os 3700€/ mês. Uma miséria. "Se abrissem a cantina da Assembleia da República à noite, eu ia lá jantar. Eu e muitos outros deputados da província. Quase não temos dinheiro para comer" Correio da Manhã(vou fazer uma pausa para ir buscar uns kleenex...)

O corte de 5% nos salários irá obrigá-lo, como "deputado da província", a apertar o cinto e consequentemente o estômago, levando-o a sugerir com ironia mas com seriedade (!?) a abertura da cantina da AR para poder jantar. Uma espécie de Sopa dos Pobres mas sem pobres e sem vergonha. Só com políticos, descaramento e sopa.

"Tenho 60 euros de ajudas de custos por dia. Temos de pagar viagens, alojamento e comer fora. Acha que dá para tudo? Não dá" Valerá a pena acrescentar alguma coisa? Não me parece. Só dizer que as almôndegas que comi ao jantar não se vão aguentar no estômago durante muito tempo depois de ter feito copy/paste desta declaração

Mas continuando a dar voz ao Sr. Deputado: "Estamos todos a apertar o cinto, e os deputados são de longe os mais atingidos na carteira". Pois é, coitadinhos, andam todos a pão e água. Alguns são meninos para largar os bifes doGambrinus.

Bem sabemos que os grandes sacrificados do novo pacote de austeridade do Governo vão ser os senhores deputados. Ninguém tinha dúvidas quanto a isto. E ajuda a explicar o "aperto de coração" que o Primeiro-Ministro sentiu ao ter de tomar estas "medidas duras". Sabia perfeitamente que ao fazê-lo estava a alterar os hábitos alimentares do Sr. Deputado Ricardo Gonçalves, o que é lamentável.

Que tal um regresso à província com o ordenado mínimo e um pacote senhas do Macdonalds? Ser deputado não é o serviço militar obrigatório. Pela parte que me toca de cidadão preocupado está dispensado. Não o quero ver passar necessidades.

Há quem sobreviva com pensões de valor equivalente a 4 dias de ajudas de custo do senhor deputado. Quem ganha o ordenado mínimo está habituado a privações, paciência. Agora com 3700€ por mês e 60€/dia de ajudas compreendo que seja mais difícil saber onde cortar. Podíamos começar por cortar na pouca-vergonha. Mas isso seria pedir demais.


07 outubro, 2010

Ser ou não ser

A mim sempre me disseram que fazer birras e “queixinhas” era coisa de miúdos mimados e mal comportados. Para além disso, também sempre me disseram que assumir os erros cometidos era coisa de Homem honrado. No entanto, depois de afirmações como esta, parece que, pelo menos para alguns dirigentes da praça, é exactamente ao contrário. Senão vejamos.

O benfica começou o campeonato nacional a não jogar a "ponta d'um chavelho", naturalmente, apareceram as derrotas - Nada que não faça parte das mais basilares regras da competição.

O problema começou quando os dirigentes da colectividade decidiram bombardear a comunicação social com declarações absurdas que culminaram no apelo ao boicote aos jogos disputados fora de casa...Uma Vergohna pegada!!!

Sucede porém, que a brincadeira não ficou por aqui, e qual Egaz Moniz, de corda ao pescoço rumo a castela, o presidente da comissão de arbitragem da liga convocou uma conferência de imprensa com o objectivo de crucificar o arbitro da partida disputada com o VSC (e único representante da arbitragem portuguesa no campeonato do mundo de futebol).Moral da história, os dirigentes do benfica rejubilaram com o "circo" e ficaram felizes para sempre.

Umas semanas volvidas, o FCP sentem-se prejudicado pela arbitragem no mesmo estádio. O treinador demonstra-o na conferência de imprensa que se seguiu ao jogo a sua opinião de desagrado para com o árbitro. Acontece que, depois de rever um dos lances polémicos do jogo o treinador chega à conclusão que não foi completamente justo e resolve retratar-se das críticas relacionadas com o mesmo lance. Goste-se ou não de André Villas Boas, tenho para mim que a atitude foi honrada.

O mesmo não pensa Luís Filipe Vieira que veio apelidar a atitude de infeliz….no futebol anda mesmo tudo do avesso.

06 outubro, 2010

Cala-te pá

Espectacular !!!

Ouvir Jorge Sampaio a apelar ao bom senso dos partidos a fim da estabilidade política do país dá-me vontade de rir. Só tenho pena que ele não tenha pensado da mesma maneira quando decidiu dissolver uma assembleia da república legitimamente eleita para exercer as suas funções.

100 anos de República


De há umas semanas a esta parte, resolvi proporcionar a mim próprio o prazer de receber em casa o jornal “Expresso”. É certo que a edição chega sempre com uns dias de atrasado mas o prazer de folhear um jornal “dos nossos” funciona como uma espécie de elixir contra os efeitos da distância que me separa de Portugal.

Como não poderia deixar de ser, dada a importância e a proximidade da efeméride, a revista do último Expresso inclui várias reportagens sobre os 100 anos da República Portuguesa.


A páginas tantas, pergunta-se a uma série de entrevistados se são a favor da Monarquia ou da República. Obviamente que as opiniões divergem e são os argumentos dos monárquicos que me deixam absolutamente estarrecido.
Será que ainda não se percebeu que a única diferença que se discute é a eleição (ou não) do Presidente da República e que consequentemente o que está em causa são os poderes que lhe são conferidos pela constituição.

Qual será portanto a vantagem de sustentar uma família real para ter alguém que desempenhe as “funções de Presidente da República” durante décadas? Será que há alguma?

A maior parte diz que o rei, sendo criado desde a nascença para ser chefe de estado, está necessariamente mais bem preparado do que o “comum dos mortais” que o insolente do Povo decidiu eleger Presidente da República. (Exemplos disso serão certamente os príncipes do Mónaco, ou até os membros da família real Inglesa que amiúde nos brindam com a excelência dos seus comportamentos).

Depois há também quem diga que as monarquias são países mais desenvolvidos. Outro argumento perfeitamente demagogo. Não será certamente pela acção de Isabel II que a Inglaterra é um país mais evoluído que Portugal, nem foi, por certo, pelos conhecimentos macro económicos de Juan Carlos que a Espanha alcançou o crescimento económico dos anos 90. O mesmo se passa com a generalidade das outras monarquias europeias e mundiais.

Para além disso, há ainda os exemplos dos países republicanos que integram o G8 - EUA, Alemanha, França e Russia, que não sendo monarquias não deixam de constituir uma maioria no grupo dos mais desenvolvidos economicamente.

A mim ninguém ainda ninguém me convenceu que a monarquia enquanto sistema é mais justo, mais democrático e menos falível que a República. Pelo contrário, parece-me que a hereditariedade do poder não é mais do que uma descarada violação do princípio da igualdade que não permite a qualquer um ser chefe de estado do seu país.

É certo que a República também nos impinge os “Mário Soares” desta vida, mas isso é uma espécie de preço a pagar pela veleidade de permitir a todos sem excepção, a possibilidades de virem a ser chefes de estado do seu país.


P.S. Em Macau afinal também há cobardes que na penumbra da noite se infiltram nas instalações das instituições da República e decidem substituir a bandeira nacional por uma bandeira monárquica. Eu sabia o que lhe fazia!!!