11 outubro, 2007

....anda cá baixo ver isto.


Começando, como convém, pelo princípio, recordo que a eleição de Sócrates foi antes de mais uma grande derrota para o PSD. Não. Não foi uma vitória de Sócrates porque não fora os erros (grosseiros) cometidos pelo então partido que estava no governo, e o pseudo Engenheiro ainda se encontrava sentado na sua antiga cadeira de deputado mediano. Digo-o sem o menor pejo assumindo descomplexadamente que o PSD, (como diz o povo) “fez a sua própria cama”.

Feito o mea culpa, acho que é tempo de dizer basta. É tempo de acabar com o “marasmo” que foi a oposição dos últimos anos e de assumir que podemos fazer algo pela mudança do país.

É certo que as maiorias absolutas nos dão um conforto e uma estabilidade bem diferentes das maiorias simples. Até acho que numa situação de eminente necessidade de reformar o país será mais adequada (porque mais exequível) a existência de uma maioria absoluta.
Não obstante, a maioria absoluta poderá assumir contornos ditatoriais se caída nas mãos de um “ditadorzinho” qualquer.
É o que acontece actualmente em Portugal. Sócrates tem toda a liberdade para implementar as suas políticas e as suas idéias, por muito discutidas e discutíveis que elas sejam.
Já o conseguiu com o TGV, com a OTA, com o Código Penal, com a nova lei orgânica do Governo, com a lei de financiamento das autarquias locais, com as férias judiciais, com o encerramento das maternidades, com o controlo dos órgãos de comunicação social públicos e até pela forma que descobriu para calar os seus opositores.

Tudo isto é disfarçado por uma enorme e capaz máquina de propaganda política que com pompa e circunstância, apregoa aos sete ventos, cada inauguração e cada novo projecto apresentado pelo executivo.

Se a recuperação financeira parece estar a ser conseguida, não nos podemos esquecer que esse desígnio e obrigação da União Europeia, foram também conseguidos à custa da subida da taxa do IVA e dos demais encargos fiscais, assim como, pelo congelamentos dos salários e das progressões na carreira da função pública, entre outros.
No que respeita ao desemprego, não me lembro de ver nunca, uma taxa tão alta, a ponto de já termos ultrapassado a vizinha Espanha. Onde estão os 150.000 postos de trabalho que ia ser criados?

Será apenas coincidência que se ouçam críticas de todos os quadrantes da sociedade Portuguesa. Dos Advogados aos Juízes, passando pelos médicos, enfermeiros, professores e alunos, pelos autarcas, funcionários públicos, pelos polícias e pelos jornalistas?

Por agora, fico-me por aqui e recordo a todos que isto vai ter de mudar....

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