05 outubro, 2007

Poder sem poder

Irmãos

Depois de uma semana de interregno na escrita em que a falta de tempo, inspiração e cansaço, se apoderou de mim, volto agora "às postas".

O Conflito na Birmânia tem sido notícia de abertura dos telejornais aqui da Ásia. Pela excelente qualidade jornalística revelada, deixo-vos com um extracto de um texto publicado no Jornal Público:


"Não há adjectivos que possam descrever esta mulher pequena e elegante, que cheira a jasmim, habitada por uma tão grande determinação e que é capaz de um sorriso tão caloroso. Matt Frei, jornalista da BBC que a entrevistou duas vezes, diz que há aço por trás daquela beleza. Os que a conheceram dizem que a sua presença os marcou. Para todo o mundo Suu Kyi tornou-se um exemplo de dignidade, de coragem, de generosidade e de abnegação e um ícone dos direitos humanos. Esta admiradora de Gandhi, de Martin Luther King e de Mandela é um exemplo, como diria o Comité Nobel, "do poder dos que não têm poder". É mais do que isso. Suu Kyi é também um exemplo que envergonha os poderosos, os que poderiam fazer alguma coisa e se calam: os Estados Unidos e a União Europeia, que permitem que a junta birmanesa se mantenha no poder há 45 anos. A China, a Índia e a Rússia, que são apoiantes activos dos militares.Suu Kyi poderia explicar-lhes, como escreve num dos seus livros, que "para viver uma vida plena é preciso ter a coragem de assumir a responsabilidade pelas necessidades dos outros".
Aung San Suu Kyi pode estar em parte incerta, mas há um sítio onde sabemos que ela está: no coração dos birmaneses e de todos os homens e mulheres de boa vontade."
Público - 30.09.2007, José Vítor Malheiros
Abraço.

2 comentários:

Mãe babada disse...

Este é, sem dúvida, um exemplo de dignidade, coragem e esperança! Para além de uma beleza enorme: exterior e interior, que transmite tamanha serenidade...!!

Anónimo disse...

Mais que uma Mulher bonita é um símbolo da persistência e da coragem que um ser Humano pode e dever ter perante a opressão e a Tirania.
Comparo-a a Xanana Gusmão em Timor-Leste. Tal como Xanana representa todo um povo que apesar de oprimido durante décadas, não deixa de sonhar com a liberdade.
Contamos que a comunidade saiba valorizar o apelo do povo Birmanês e actue rapidamente.

RP