Em Macau, quase todos os portugueses têm uma empregada doméstica de origem Filipina. A escolha fica a dever-se ao facto de os cidadãos daquele país asiático dominarem a língua inglesa. As Filipinas optaram por abandonar o ensino da língua materna e passaram a leccionar em inglês. A opção foi, no mínimo inteligente, uma vez que acaboou por criar um mercado de trabalho que têm quase o tamanho do mundo.
Ora bem, eu não sou diferente e também acabei por patrocinar a vinda de uma cidadã filipina, a Nora, para trabalhar lá em casa. De entre muitos costumes filipinos a Nora contou-me um que achei particularmente interessante e que poderá ser explicada pela forte presença do Cristianismo naquele país asiático.
Ora bem, eu não sou diferente e também acabei por patrocinar a vinda de uma cidadã filipina, a Nora, para trabalhar lá em casa. De entre muitos costumes filipinos a Nora contou-me um que achei particularmente interessante e que poderá ser explicada pela forte presença do Cristianismo naquele país asiático.
No sábado, contou-me que tinha recebido um telefonema da terra. Segundo a pessoa que lhe tinha telefonado, a mulher do seu ex-marido tinha morrido. Acontece que a falecida tinha sido concubina do mesmo ex-marido enquanto este foi casado com a Nora. A relação passou de secreta a pública quando o ex-marido resolveu separar-se de facto da Nora e passar a viver com a tal mulher. Portanto, tinha sido a falecida a responsável pela separação do casal.
A parte mórbida da estória começa agora. Segundo a Nora, a morte da falecida não impediu que esta se tivesse mantido de olhos bem abertos. Diz a tradição filipina que para que olhos se fechassem definitivamente, a Nora, mulher em tempos traída, teria de perdoar à falecida o facto de esta lhe ter “roubado” o marido.
Pois bem, em directo do leito de morte, telefonaram à Nora e pediram-lhe que perdoasse a falecida. Do outro lado, encostaram o telefona no ouvido da defunta e deixaram-na a “ouvir” o perdão da Nora. Finalmente podia descansar em paz e, consequentemente, fechar os olhos…..
Fiquei boquiaberto, mais uma para contar aqui.
A parte mórbida da estória começa agora. Segundo a Nora, a morte da falecida não impediu que esta se tivesse mantido de olhos bem abertos. Diz a tradição filipina que para que olhos se fechassem definitivamente, a Nora, mulher em tempos traída, teria de perdoar à falecida o facto de esta lhe ter “roubado” o marido.
Pois bem, em directo do leito de morte, telefonaram à Nora e pediram-lhe que perdoasse a falecida. Do outro lado, encostaram o telefona no ouvido da defunta e deixaram-na a “ouvir” o perdão da Nora. Finalmente podia descansar em paz e, consequentemente, fechar os olhos…..
Fiquei boquiaberto, mais uma para contar aqui.
3 comentários:
estou sem palavras....
demorei a voltar ao meu racional depois de ler isto....
Grandes costumes estes da terra da tua empregada ...
mas porque não uma foto aqui no blog dessa filipina ...
eu voto a favor ... vamos esperar pelo voto dos restantes membros da irmandade ...
abraço,
Por vezes, é difícil compreendermos os costumes noutras terras...
Não conheço a Nora, mas, sei que é uma mulher de forte coração. Para ela, um beijinho e muita força.
MCândida
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