05 setembro, 2007

Verde Eufémia”, “Rosa pedante” e “Laranja murcha”


Qual miúdo da “primeira classe” (desculpa Mãe, mas para mim ainda é primeira classe!!). Procuro na minha “caixa de 36 marcadores” e não encontro estas cores!!! Quase que me apetecia ir ter com a “feroz” professora Amália (esteja ela onde estiver) e perguntar-lhe se me pode ajudar com (mais) esta dificuldade. De certeza que não será uma espécie de Daltonismo?

Posso sempre tentar adivinhar!Concordam? Aqui vai...

"Verde Eufémia" – O verde deve estar triste. Nem sempre foram felizes quando o tentaram adjectivar...quem não se lembra do “verde clorofila” e do “verde garrafa”!? À semelhança de outro verde a quem também deram o nome de gente (Celeste), resolveram agora, criar uma associação Ambientalista a quem brindaram com o excelso nome de “Verde Eufémia”. Não sei se por homenagem à progenitora de um dos Ecologistas, o que é certo é conseguiram dar ao verde, mais um nome de Velhota da província. Como uma desgraça nunca vem só, o coitado do Verde é sempre conotado com estes tipos...
Ao verde, mando-lhe um abraço e recordo-lhe o chavão “Verde é Esperança”, fazendo votos para que tudo melhore.

"Rosa Pedante" - Rosa é nome de Flor e de Mulher. Ultimamente até é cor alternativa de um clube que já foi encarnado para não ser vermelho. Em Portugal a “Rosa” já foi choque e inconformista. Prometeu reformas e mais emprego. De facto até conseguiu espalhar o seu odor e sem dúvida que o País está mais perfumado. No entanto, a cor está a tornar-se esbatida e a vivacidade de outros tempos está agora esbatida. Quedam-se os espinhos...

"Laranja murcha" – Laranja é uma cor com nome de fruto que bastante aprecio. Diz o povo que “de manhã é Ouro, de tarde é Prata e à noite mata”. Pois bem, a “Laranja” já foi capaz do melhor e do pior. Hoje apresenta um amadurecimento excessivo que lhe dá uma tonalidade mais escura. A casca está enrugada e por dentro muito pouco sumarenta, ao esventrar os gomos até me atrevo a dizer que está seca. Se fizesse um paralelismo com um certo partido político até poderia dizer que está sem liderança, sem ideias. Não transmite confiança suficiente para ser alternativa nem tão pouco parece reunir quadros (activos) competentes. Já se sabe que os frutos não “ressuscitam”, por isso, não há nada que se possa fazer para restaurar a antiga. Há que pensar numa nova que irá nascer talvez da mesma àrvore, mas que será certamente outra....

Abraço

4 comentários:

Mãe babada disse...

Bem a propósito...já que estamos em Setembro e em início de novo ano escolar - fizeste-me lembrar a excitação e euforia que era comprar o material: escolher os dossiers, cadernos, os lápis e canetas, abrir os livros a cheirar a novo, encaderná-los com muito cuidadado... quem não se lembra?! Que saudades! Bons tempos... que sabe sempre bem recordar.

E'l Rei D. Sebastião disse...

Ma Si KA,

Esta tua analogia entre as cores do marcadores escolares e as cores que marcam a nossa actualidade, dava bem para ser profundamente debatida!!

Parabéns, pela forma sempre original de colocares os dedos nas feridas!!

Abraco

Anónimo disse...

Um miúdo de seis anos dir-te-ia primeiro ano, do primeiro ciclo;

Um miúdo de dez anos dir-te-ia quinto ano, do segundo ciclo;

Um adolescente dir-te-ia alguma cena marada.

Também te posso dizer que de daltónico não tens nada.
Mas quanto à identificação do material escolar, reservo-te a indiferença.
É que a imagem mostra lápis de cor (Giotto ou Staedtler)e não marcadores.
Relativamente à imagem de arquivo da professora Amália, esperava que lhe tivesses dado outra moldura, que só o tempo encaixilha na perfeição, por razões de outras aprendizagens.

Na referencia das cores e suas conotações, elas onde continuar a pincelar as mentes de quem as escolhe, quer politica, social ou desportivamente.

Tu sempre gostaste do azul (?!).
Eu prefiro o laranja.
Existe um sentimento difuso, complexo de ser laranja, todo um espírito de um líder, que a própria cor preconiza, conservando toda a essência de grupo e projectos.

BJ

Anónimo disse...

A expressividade colorida do tema,
uma leitura na diagonal ou transversal, bem como a forma de escrita, resultam numa esfera inteligível, cujo centro está em toda a parte e a circunferência em nenhuma. Gostei!

Jamais te esquecerás da Amália.O carisma do Marcelismo.
Diz lá que ela não contirbuiu um "bocadinho" para o homem inteligente e fantástico que és hoje?..... mas eu ajudei. (lol)

As memórias, tal como diz a Trica, são referencias.

A laranja, apesar de estar na ementa política, o consumo não está recomendável.
Continuo a pedir um sumo.

Até breve.