14 maio, 2010

A faixa da discórdia

Quem me conhece sabe o que penso de Rui Rio, sabe que fiz campanha por ele e sabe também que festejei (pelo menos duas) das suas vitórias nas eleições municipais do Porto. Sou portanto insuspeito no que à admiração pela personagem diz respeito.

Apesar disso, sei-lhe reconhecer alguns defeitos. Um deles é o da obstinação com que lida com certos assuntos. A perseguição ao Futebol Clube do Porto é talvez o maior exemplo dessa obstinação sem limites.

Se é certo que concordei com ele quando dizia que o poder da cidade tinha que se separar do futebol (de todo o futebol e não só do Futebol Clube do Porto), acho patético que Rui Rio teime em manter acesa a chama do conflito com o maior clube da cidade. Exemplo disso é o mais recente episódio da faixa dedicada ao Santo Padre e à sua visita à cidade do Porto e à Região Norte. Não faz qualquer sentido que a Câmara Municipal do Porto tenha ordenado a retirada da dita faixa do local onde estava afixada, mesmo que a respectiva autorização para a sua afixação não lhe tenha sido solicitada como devia.

Há milhares de "faixas" (de colocação ilegal) que se encontram espalhadas pela cidade e a Câmara nunca correu atrás da sua imediata remoção (nem sequer fazia sentido que o fizesse). O excesso de zelo da iniciativa prejudica a imagem da cidade, da região e das suas instituições e deixa uma vez mais no ar que o que importa é fazer qualquer coisa, desde que seja contra o FCP.

1 comentário:

Anónimo disse...

Enfim... este tipo de acção discriminatória existe desde o 1º dia de presidência. Quem viu o Belenenses, SCP e SLB a entregarem oferendas ao Papa só pode criticar, mais uma vez, este tipo de atitude, que é no minimo reveladora de alguma pequenez intelectual do Sr. Presidente.
Deste não vai rezar a História.

Bbam