06 fevereiro, 2010

Varinho, já foste pá!!!


Desde pequeno que vibro bastante com os desportos motorizados. Por ironia do destino nasci na zona de Portugal em que mais se cultiva a tradição desse desporto e que mais efectivos fornece aos quadros de pilotos nacionais. Para além disso, vivo hoje numa cidade (bem longe das minhas raízes é certo) que uma vez por ano, pára para ouvir o roncar dos motores que por aqui competem. Com isto quero dizer que me sinto completamente identificado com o desporto motorizado e estimo o esforço que muitas vezes se faz para promover a modalidade, seja lá como e onde for.

Não obstante, penso que o fait divers que opõe o jovem e promissor piloto portuense Álvaro Parente e o Turismo de Portugal assume contornos de novela venezuelana de muito mau gosto.
Cá para mim, o assunto divide-se em duas partes. O primeiro será o eventual compromisso que foi assumido com o piloto. A ser verdade que o patrocínio foi garantido, é uma vergonha que se tenha faltado à palavra dada e deixado o “rapaz” pendurado. A esta hora está o inglês excêntrico e dono da escuderia, sentado num dos seus iates a contar aos amigos a desgraça que são os nossos dirigentes.

À parte de tudo isto, surge a oportunidade do patrocínio, pelo menos nos tempos que correm. Sempre que ligo a televisão, ouço falar em contenção, combate à despesa pública e rigor orçamental…Ora se assim é, como é que tão importantes medidas podem ser compatíveis com um patrocínio deste tipo. Sinceramente não sei, parece-me é que anda tudo trocado.

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