Como todos os Domingos, ontem foi dia de Missa e se há sítio em Macau onde nos podemos aperceber da vasta diversidade racial que por aqui vive, a missa das 11 horas na Igreja da Sé, é disso um bom exemplo.
Sentado mais cá para trás, (a presença do António Maria e do carrinho que o transporta assim o exige) tive a oportunidade de contemplar a diversidade das “cepas” que comigo partilhavam aquele espaço.
Os denominadores comuns eram a Fé e a língua portuguesa que todos ali falávamos. Chineses, Africanos, Indianos, Timorenses, Brasileiros e Portugueses provenientes do “velho continente” compunham a plateia que participava no culto dominical.
Bem sei que para uma Macaense como a Beatriz (um dia explico aqui o conceito para que o Velhinho não me volte a chamar “Macaense”) tal diversidade cultural não será de estranhar, conviveu com ela desde cedo.
Acontece que no meu caso, qual compadre chegado à cidade, ainda me ponho a pensar nestas coisas.
Bem sei que para uma Macaense como a Beatriz (um dia explico aqui o conceito para que o Velhinho não me volte a chamar “Macaense”) tal diversidade cultural não será de estranhar, conviveu com ela desde cedo.
Acontece que no meu caso, qual compadre chegado à cidade, ainda me ponho a pensar nestas coisas.
Afinal, eu sou minhoto, nasci no “Berço da Pátria”, ali mesmo a uma vintena de metros do campo de S. Mamede.
Durante a escola não me recordo de ter um estrangeiro na minha turma. Que eu me lembre éramos todos “iguais”, ou seja, éramos todos dali. Se calhar o mais próximo que tive de ter um colega "de fora" foi um menino que veio transferido de Viana do Castelo para Guimarães, porque a vida profissional do Pai os tinha obrigado a mudar de cidade.
Pois bem, eu acho que estou a proporcionar ao António Maria uma experiência diferente da que tive. O meu filho é Português como não poderia deixar de ser, mas ao mesmo tempo é Oriental, nasceu em Macau, às mãos de uma enfermeira chinesa e convive diariamente com uma filipina que lhe fala em inglês. Ontem cumprimentaram-no uns amigos africanos e fez-lhe uma festa uma freira brasileira. É certo que lhe falta ainda comer uma cebola “escachada” com sal, mas para isso ele ainda tem tempo.
Durante a escola não me recordo de ter um estrangeiro na minha turma. Que eu me lembre éramos todos “iguais”, ou seja, éramos todos dali. Se calhar o mais próximo que tive de ter um colega "de fora" foi um menino que veio transferido de Viana do Castelo para Guimarães, porque a vida profissional do Pai os tinha obrigado a mudar de cidade.
Pois bem, eu acho que estou a proporcionar ao António Maria uma experiência diferente da que tive. O meu filho é Português como não poderia deixar de ser, mas ao mesmo tempo é Oriental, nasceu em Macau, às mãos de uma enfermeira chinesa e convive diariamente com uma filipina que lhe fala em inglês. Ontem cumprimentaram-no uns amigos africanos e fez-lhe uma festa uma freira brasileira. É certo que lhe falta ainda comer uma cebola “escachada” com sal, mas para isso ele ainda tem tempo.
Faço votos para que com este background ele se possa tornar num homem mais preparado para compreender e viver na multiplicidade que hoje (a todos) nos rodeia.
1 comentário:
Ma Si Ka
Nasceste e cresceste no "Berço da Pátria".
O teu filho, em Macau.
Para ti e para o teu filho "não existirá a lamentável confusão em ser um cidadão do mundo e a incompatibilidade de ser português, salvaguardando a coesão da vida, em vivência multicultural".
Grande pai gera grande filho.
júlio malheiro.
Enviar um comentário