24 novembro, 2007

Maior da Europa

No passado Sábado, foi apresentada no Porto a maior árvore de Natal da Europa. Sobre o assunto não há muito a dizer, apenas acho que foi feira à medida da cidade.

Abraço

10 comentários:

Bia disse...

ainda bem que ainda não a viste ao vivo... a decoração é um bocado pirosa! :D

Anónimo disse...

Pirosaaaaaaaaaaaa??

Ai não, não é!? ... eu estive lá, vi! pasmei! fotografei e só não bati palmas e assobiei, porque eram tantos a bater que, as minhas na faziam falta....

E mais não digo, para não dizerem que sou pouco tida a tudo que é do Porto é bom!!!!!

Anónimo disse...

A arvore? ó que coisa "mai linda".

Ela é toda escura....

Depois todas as estrelas...

Depois aos anjinhos...

estrelas, presépios, espigas... numa sequência de luzes "kóloridas"

que nos deixa a todos feitos.... ò patego, olha o balão....

e o mais giro é que o ze povinho delira à brava. Já que não temos cristo rei iluminado, que venha a arvore... pena na ser das patacas... que isso é aí pra vós!!(sss e zzz)

Porto Tónico disse...

O tamanho da árvore é proporcional à disparidade das prioridades políticas e sociais em Portugal. Isto é um país que vive de aparências!

Como é que a população de um país ainda em crise está sempre disponível e capaz de movimentar uma mol humana considerável para os "record guiness" e tudo o que permita ser sempre um pouco mais do que o vizinho (mesmo quando não se pode)?

É um complexo social enraizado, só pode! Se fôr para organizar uma sopa dos pobres não se reúne tanta gente de certeza! Nem nenhuma instituição de crédito investe para tal (a clientela é outra...).

Mas o que mais surpreende é o "encantamento" e "apaziguamento" que estas manifestações exageradas e para encher o olho têm na nossa população!

Que saudades dos jardins velhinhos e com decorações simples dos jardins dos Aliados!

Porto Tónico disse...

É claro que os velhinhos jardins dos aliados não cativavam tanta gente para as compras natalícias domingueiras...

Agora temos uma avenida muito mais lavada, cinzenta, fria, triste mas com uma árvore artificial grande e luminosa (só falta mandar foguetes e falar).

Ma Si Ka disse...

Irmão Porto Tónico

Não posso deixar de discordar (em parte) contigo.

No que respeita à requalificação da Avenida dos Aliados, seria importante que todos aqueles que se opuseram à sua requalificação tivessem conhecimento da explicaçào da obra feita pelo arquitecto responsável.

Com isto, não me estou a refugiar no argumento de que o autor do projecto é um técnico qualificado e reconhecido internacionalmente e que isso seria justificaçào para o que ali se fez.Não é isso.

Apenas partilho da ideia dele, que o centro nevrálgico da cidade, ou seja, a Avenida dos Aliados, deveria encarnar o espírito da cidade.
Quer queiramos quer não, o Porto é uma cidade sombria, fria, cinzenta, húmida e aústera. O granito do chão e o ferro dos candeeiros transmitem exactamente isso.
A calçada Portuguesa que lá estava nào pertence ao Porto enquanto cidade e enquanto simbolo.

Quanto aos jardins, concordo que a Avenida deveria ter mais verde.

Finalmente,objectivo da àrvore vqi muito para além daquilo a que o resumiste.Como sabemos a baixa da cidade era um pólo de atracção de pessoas nesta época do ano. Actualmente essa função é desempenhada pelos centros comerciais. No entanto, o comercio da baixa precisa de voltar a ser competitivo e uma das formas encontradas pelas entidades competentes é a criaçào de divertimento e pontos de atracção para aquele espaço.

É essa a verdadeira funçào da árvore.

Quanto à "sopa dos pobres" existem várias instituiçòes de apoio aos mais desfavoracidos pela cidade. Certamente que nesse aspecto somos um exemplo.

Abraço

Porto Tónico disse...

Ma Si Ka,

Nem sequer ponho em causa a capacidade técnica ou o mérito do autor do projecto (e que é mais que reconhecido). No entanto, independentemente da intenção de o mesmo querer que os Aliados encarnem o “espírito da cidade”, como em qualquer obra de arte, haverá sempre admiradores ou opositores. Eu não sou um forte opositor, fiquei foi desiludido com o resultado final pois sei que Souto Moura é capaz de muito mais e melhor. O argumento do “encarnar o espírito da cidade”já o conhecia e não me convenceu.

Eu, pessoalmente, acho que os Aliados ficaram a perder e os portuenses também. Obras do arquitecto Souto Moura há várias pela cidade (e excelentes) pelo que em património estético e arquitectónico estamos perfeitamente servidos. Mais uma vez, quanto ao argumento de querer tornar os Aliados a encarnar o espírito da cidade “sombria, fria, cinzenta, húmida e aústera” ele talvez o terá conseguido, mas disso já nos chega grande parte da nossa típica cidade labiríntica e escura com o seu toque “romântico”. Não seria necessário que os Aliados se transformassem em mais do mesmo para a cidade ganhar o seu charme próprio. Aliás, charme esse que já existia com os Aliados antigos.

O centro da cidade deve ser mais acolhedor e apelativo. Não foi essa a orientação seguida nos Aliados. Depois não consigo conciliar estes argumentos com a valorização da baixa, a requalificação urbana e o incentivo ao comércio. Se supostamente se quer atrair gente para viver e passear não será certamente com uma avenida completamente cinzenta, inestética, fria e autéra. No fundo ficaram todos a perder.

Quanto á calçada, também não me parece que os paralelos nos passeios sejam típicos do Porto (mas quanto a isto não me recordo bem do estado actual, tenho que ir lá ver). É um pormenor. De qualquer modo, Santa Catarina e tantas outras ruas no Porto estão calejadas de calçada à antiga portuguesa.

Ao criticar a àrvore não estou a criticar o seu aspecto apelativo, mas antes a cegueria generalizada pelo “maior”, o “melhor”, o “record do guiness” desenfreados em tempos de vacas magras. A intenção de trazer gente à baixa é sempre louvável e há que estimulá-la. Concordo. Mas aí apostaria em ter mais facilidades a outros níveis nas zonas comerciais como os de acesso, transportes e parqueamento menos onerosos. A esse nível (com excepção do metro) não vejo o menor projecto/ideia ou a menor concorrência face às comodidades proporcionadas por qualquer shopping nos arredores do Porto.

Quanto à árvore ela está - essencialmente - para marketing do millenium bcp, o financiador da coisa. Saíu de Lisboa onde já ninguém a visitava para vir para o Porto. Para o ano haverá mais. O objectivo do meu desafio seria se este financiamento privado numa árvore não seria mais útil num projecto para a inclusão social para o Natal enquadrado nos projectos municipais em curso. Com a miséria que ainda se vive, mais um a apoiar é sempre bem vindo.

Abraços

P.s.- depois vamos lá vê-la juntos e discutimos. ;) Acho que esta discussão já vem atrasada um anito e meio... eh eh

Xico Fininho disse...

Ma Si Ka para desalento quero aqui expressar que concordo a cem por cento com o porto tónico. Realmente a Arvore de Natal é só para Inglês ver de útil pouco ou nada tem.
E só para conhecimento de todos portuenses deixo aqui esta nota. Existem funcionários da câmara municipal do Porto com três meses de salários em atraso.Será que não era mais digno para a nossa cidade ser um exemplo na matéria de cumpridora com as suas obrigações? Para quê atirar dinheiro pela janela? E já agora, essa do atrair pessoas para o comercio de rua também é uma treta pois a maior parte das lojas continuam exactamente iguais, ou seja, paradas no tempo.

Anónimo disse...

Mas aqui há um grande equivoco ó senhores objectores de consciencia do povo....

-A árvore "não é" oferta de natal da câmara do porto ao povo portuense e arredores!!!!

O investimento é do Millenium, que acciona(opa, opa) luz e brilho aos pouco endinheirados e os põe contentes...é o nosso a arder gente (já dizia o Raul Solnado) e é disto que se alimenta mentes populisticas.

É Natal! É Natal

Porto Tónico disse...

Ao último anónimo,

Se ler com atenção o meu último comentário verá que não há qualquer equívoco:

"Quanto à árvore ela está - essencialmente - para marketing do millenium bcp, o financiador da coisa."

Mas concordo consigo na apreciação final.