24 julho, 2007

O Taxi

Irmãos,

Apresento-vos aquele que tem sido um dos meus principais transportes nos últimos tempos, O Taxi. Em Macau existem dois factores que contribuem para a utilização sistemática e reiterada dos Taxis, em primeiro lugar, o clima tanto a chuva como as elevadas temperatura e humidade convidam a que se use o taxi, depois o acessível preço da "Bandeirada". É por estas duas razões que recorro com frequência a este meio de transporte, tanto de casa para o escritório, como do escritório para o "Pacapio"(nome de uma casa de apostas que utilizo para indicar a direcção do Domus Iustitiae).

Durante as minhas (ainda que curtas) viagens, constato várias coisas. Primeiro os chineses não sabem o que significa embraiagem, nem tão pouco para que serve aquele pedal do lado esquerdo. Assim que querem abrandar a marcha ou mesmo parar o veículo, toca a pisar o "dito cujo" pedal. Isto, já para não falar nas curvas que são todas negociadas em 4a velocidade e de pedal(mais uma vez da embraiagem) bem no fundo, deve ser para impressionar o cliente!!!
Depois, devo dizer que sinto bem a falta daquele diálogo do taxista, que inspira todas as caricaturas da profissão: "Hoje o tempo está mau....o nosso Porto lá voltou a ganhar..."%$#&*+ ''o Benfica...enfim...banalidades que serviam para nos entreter durante a "corrida".

Por último, acho que o Taxi pode ser considerado como um índice ou um "barómetro" dos quais se poderá retirar o grau de desenvolvimento de uma sociedade. Nos ditos países subdesenvolvidos é comum encontrar Taxis degradados, velhos, sujos, com música muito alta e repletos de adornos relacionados com as crenças religiosas do condutor. Da indumentária do Taxista nem vale a pena falar, tal é o conjunto de "trapos" que o costuma equipar. Pelo contrário, quando viajamos de Taxi num País civilizado (por muito indeterminado e subjectivo que o conceito possa parecer, acho que acaba por ser compreensível), encontramos, na grande maioria das vezes, um Taxi relativamente bem estimado e limpo, com grande parte das peças que o acompanhavam aquando da sua viagem inaugural e sem os adornos supra referidos. Quanto ao traje do Taxista, posso-vos dizer que até já os vi a conduzir de laçarote...

Abraço

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