Hoje é dia 25 de Abril. Importante data para Portugal, momento anualmente recordado com pompa e circunstância e que tem honras de feriado Nacional.
Desde pequeno que a formação da minha opinião acerca do 25 de Abril, foi colhendo informação em vários quadrantes. Se por um lado me diziam que tínhamos ganho a Liberdade e que o povo podia, finalmente, exercer e cumprir os seus deveres cívicos, pelo outro, ouvia vozes de descontentamento e de revolta contra aquela Revolução.
Agora em 2007, trinta e quatro anos volvidos sobre o dia da Liberdade, tenho uma opinião de alguém que não viveu o antes e que só viveu o depois, que apenas se pronuncia com base naquilo que ouviu, estudou, leu.
Com isto, tenho a dizer que, efectivamente, ganhamos a dita Liberdade, é verdade que somos livres de dizer o que queremos e o que nos apetece. Em casa, na rua na escola, as pessoas são livres de se insultarem mutuamente e até há programas de televisão que fazem o favor de o transmitir.
Ganhamos o poder de escolher os nossos governantes, temos é tido algum azar nas nossas escolhas, têm-nos calhado ultimamente, uma quantidade de tipos exibicionistas e bem falantes, que se vêm a revelar num curto prazo, qual bando de incompetentes que apenas se querem vir a aproveitar da “coisa pública”. Mas pelo menos VOTAMOS!!!(mesmo que os níveis de abstenção sejam dos mais elevados da Europa e que o povo Português se venha a desinteressar paulatinamente, pela questões relacionadas com a “vida’’ do País.
Ganhamos também o direito à informação, deixou de haver censura (dizem...), os meios de comunicação passarem a poder brindar-nos com magníficas programações onde se privilegia a piada fácil, a promoção da falta de valores éticos e morais, a informação isenta e de qualidade e até o sensacionalismo mediático tão apreciado na “Guerra de audiências”.
Criamos um sistema de ensino isento, onde em vez dos autores clássicos, Portugueses e Estrangeiros, se leccionam conteúdos de interesse e qualidades duvidosas.Acabamos com o ensino técnico e temos hoje mais licenciaturas que qualquer outro país da Europa. Com isto, ganhamos uma classe de jovens licenciados, qualificados, mas que não têm mercado de trabalho, que absorvas as suas competências. Proibimos a régua e a palmatória, mas em compensação, temos diariamente, alunos e pais que agridem os professores.
Acabaram os grandes Latifundiários, desapareceram as famílias que exploravam o Povo, as grandes herdades ou as grandes empresas. Hoje temos um grupo de “novos-ricos” , que em tudo se assemelham àquela burguesia da era decadente do período monárquico, onde os que criticavam os então “Nobres”, se degladiavam pela concessão, ou mesmo compra, de um qualquer título.
O Estado tornou-se Laico, cortamos com a relação entre o Estado e a Igreja Católica, viramos as costas a uma das Instituições que se dizia, “influenciava o poder de decisão, no Antigo Regime’’. Esquecemos o trabalho de séculos efectuado por uma instituição que sempre esteve na frente de batalha da inserção social e do voluntariado, quando estes vocábulos ainda não faziam parte do léxico mundial.
Acabamos com a PIDE DGS, ganhamos umas forças de segurança competentes e com “grande capacidade e rigor” na sua operacionalidade e no combate à criminalidade que nos atormenta.
Fizemos a descolonização, deixamos uma terra que não era a nossa, deixamos de oprimir um povo. Abandonamos os nossos que lá ficaram, entregamos o poder a um grupo de indivíduos que cometeu e comete, as maiores atrocidades contra o seu próprio povo. Ganhamos uma nova classe de emigrantes das ex-colónias, que apesar do interesse e direitos legítimos de habitarem o nosso país, se encontram relegados para autênticos guetos nos arredores das principais cidades, sem quaisquer oportunidades de inserção numa comunidade que os discrimina.
Enfim, acho que melhoramos....
(gostava que interpretassem estas palavras com moderação e que apenas as analisassem de uma forma isenta, sem conotações ou preferências ideológicas ou partidárias).
Desde pequeno que a formação da minha opinião acerca do 25 de Abril, foi colhendo informação em vários quadrantes. Se por um lado me diziam que tínhamos ganho a Liberdade e que o povo podia, finalmente, exercer e cumprir os seus deveres cívicos, pelo outro, ouvia vozes de descontentamento e de revolta contra aquela Revolução.
Agora em 2007, trinta e quatro anos volvidos sobre o dia da Liberdade, tenho uma opinião de alguém que não viveu o antes e que só viveu o depois, que apenas se pronuncia com base naquilo que ouviu, estudou, leu.
Com isto, tenho a dizer que, efectivamente, ganhamos a dita Liberdade, é verdade que somos livres de dizer o que queremos e o que nos apetece. Em casa, na rua na escola, as pessoas são livres de se insultarem mutuamente e até há programas de televisão que fazem o favor de o transmitir.
Ganhamos o poder de escolher os nossos governantes, temos é tido algum azar nas nossas escolhas, têm-nos calhado ultimamente, uma quantidade de tipos exibicionistas e bem falantes, que se vêm a revelar num curto prazo, qual bando de incompetentes que apenas se querem vir a aproveitar da “coisa pública”. Mas pelo menos VOTAMOS!!!(mesmo que os níveis de abstenção sejam dos mais elevados da Europa e que o povo Português se venha a desinteressar paulatinamente, pela questões relacionadas com a “vida’’ do País.
Ganhamos também o direito à informação, deixou de haver censura (dizem...), os meios de comunicação passarem a poder brindar-nos com magníficas programações onde se privilegia a piada fácil, a promoção da falta de valores éticos e morais, a informação isenta e de qualidade e até o sensacionalismo mediático tão apreciado na “Guerra de audiências”.
Criamos um sistema de ensino isento, onde em vez dos autores clássicos, Portugueses e Estrangeiros, se leccionam conteúdos de interesse e qualidades duvidosas.Acabamos com o ensino técnico e temos hoje mais licenciaturas que qualquer outro país da Europa. Com isto, ganhamos uma classe de jovens licenciados, qualificados, mas que não têm mercado de trabalho, que absorvas as suas competências. Proibimos a régua e a palmatória, mas em compensação, temos diariamente, alunos e pais que agridem os professores.
Acabaram os grandes Latifundiários, desapareceram as famílias que exploravam o Povo, as grandes herdades ou as grandes empresas. Hoje temos um grupo de “novos-ricos” , que em tudo se assemelham àquela burguesia da era decadente do período monárquico, onde os que criticavam os então “Nobres”, se degladiavam pela concessão, ou mesmo compra, de um qualquer título.
O Estado tornou-se Laico, cortamos com a relação entre o Estado e a Igreja Católica, viramos as costas a uma das Instituições que se dizia, “influenciava o poder de decisão, no Antigo Regime’’. Esquecemos o trabalho de séculos efectuado por uma instituição que sempre esteve na frente de batalha da inserção social e do voluntariado, quando estes vocábulos ainda não faziam parte do léxico mundial.
Acabamos com a PIDE DGS, ganhamos umas forças de segurança competentes e com “grande capacidade e rigor” na sua operacionalidade e no combate à criminalidade que nos atormenta.
Fizemos a descolonização, deixamos uma terra que não era a nossa, deixamos de oprimir um povo. Abandonamos os nossos que lá ficaram, entregamos o poder a um grupo de indivíduos que cometeu e comete, as maiores atrocidades contra o seu próprio povo. Ganhamos uma nova classe de emigrantes das ex-colónias, que apesar do interesse e direitos legítimos de habitarem o nosso país, se encontram relegados para autênticos guetos nos arredores das principais cidades, sem quaisquer oportunidades de inserção numa comunidade que os discrimina.
Enfim, acho que melhoramos....
(gostava que interpretassem estas palavras com moderação e que apenas as analisassem de uma forma isenta, sem conotações ou preferências ideológicas ou partidárias).
Abraço
3 comentários:
Ma Si Ka...uma boa análise da revolução dos cravos!!
A verdade é que passado 33 anos(e não 34 como disseste...pensava eu que a diferença horária era apenas 8h e nao 8760horas) mas os cravos da revolução começam a ficar murchos...
Uma democracia muito jovem...que parece que só agora saiu do ensino básico e tem muito ainda a aprender!!
Abraço
Tens razão, já me julagava em 2008...
Em cada moeda há duas faces!
Mas, estou convencido que trocamos uma moeda de cinco tostões por uns euros bem mais preciosos!
P.S. - Desculpem o lugar comum.
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